19h16 25 Jun 19
Já se sabia que a cerimónia de 2019 dos “World's 50 Best Restaurants” ia coroar um novo melhor restaurante do mundo (a organização decidiu que os vencedores de todas as edições anteriores da lista, lançada em 2002, iriam entrar num “Hall of Fame” e deixariam de ser considerados para a lista anual, incluindo o vencedor do ano passado, a Osteria Francescana do italiano Massimo Bottura), mas uma das surpresas da noite desta terça-feira estava reservada para o português José Avillez, que viu o seu Belcanto, em Lisboa, subir do 75º lugar para a 42ª posição na nova lista.
É a segunda vez que um restaurante de Portugal entra no prestigiado ranking (o Villa Joya, do austríaco Dieter Koschina, chegou ao 22º lugar em 2014), mas é a primeira vez que tal acontece com um cozinheiro português. Contactado pelo Expresso, José Avillez não escondeu o contentamento por mais um reconhecimento: “É um momento muito emocionante. É uma distinção da equipa do Belcanto, mas também de Portugal e de toda a gastronomia portuguesa. Estamos muitos felizes, mas continuaremos a trabalhar para dar prazer a quem se senta à nossa mesa”.
O cozinheiro e empresário admitiu que “não estava à espera de entrar” no top-50, apesar da boa posição alcançada há um ano, mas sublinhou que este reconhecimento dá “ânimo para continuar a melhorar e a crescer”. Questionado sobre a possibilidade de alcançar a terceira estrela Michelin, Avillez disse sentir que esta “está próxima”, mas não sabe se – e quando – poderá chegar.
O novo dono do primeiro lugar da lista dos “50 Best Restaurants” é o francês Mirazur, do italo-argentino Mauro Colagreco. O novo Noma, na Dinamarca, ocupa a segunda posição.