Cheguei ao Expresso em meados dos anos 90 e subi até ao terceiro andar do número 37 da Duque de Palmela num elevador de 1902 de vidro e madeira onde só cabiam três pessoas. A redação, muitas salas pequeninas com porta fechada, cheirava sempre a fumo e até no arquivo, onde havia quilos e quilos de papel e gavetas cheias de fotografias, se podia fumar. O arquivo era o nosso Google. Hoje tudo isto pertence a um passado tão longínquo como a travessia do Atlântico por Gago Coutinho e Sacadura Cabral. Mas o principio mantém-se. Aprender, aprender sempre. Ouvir, confirmar. Nunca partir para um trabalho com juízos ou certezas absolutas. Viajar na escrita. O maior privilégio desta profissão é poder andar e escutar o mundo. Seja no nosso bairro, seja noutro lugar.
O realizador português Edgar Pêra estreia no festival IndieLisboa três episódios da série audiovisual “Arquivos Kino-Pop”, que documenta a história do rock português na década de 1980. Dia 8 de maio, no cinema São Jorge, em Lisboa
Irmãos à bulha é uma das mais antigas histórias do mundo. Mas o que parece ser a normalidade também pode ser bullying com consequências pesadas. Qual é a fronteira? Três testemunhos de vida dão nos conta que o fenómeno é bem mais complexo do que parece.
Viveu em Paris durante 25 anos, foi lá que se revelou ao mundo e concebeu a sua assinatura. Agora, pela primeira vez, uma exposição retrospetiva de Lourdes Castro mostra-a de novo em França
Três vezes lhe perguntámos porque quis ser humorista, e três vezes respondeu sem responder. Mas, tirando isso, falou de tudo: da avó e das filhas, da carreira e da relação com o dinheiro. E de humor, claro
Romancista, historiador, ensaísta, Ruben A. ficou entalado entre os neorrealistas e os do regime. Moderno e surrealista, foi condenado por Salazar que não gostou do que leu. Considerado um autor essencial para a literatura do século XX português, o primo de Sophia ficou acantonado como escritor de culto. Na Biblioteca Nacional há mais de duas mil cartas por tratar